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Prefeito de Caçador, Imar Rocha sugere levantamento de dados no Assentamento Putinga, Grupo 2 e Grupo 4 para resolver problema de divisas
A polêmica relacionada à divisa do Município de Caçador e Calmon, na área do Assentamento Putinga, Grupo 2 e Grupo 4 está chegando ao fim. Junto aos moradores das localidades, autoridades políticas das duas cidades discutiram alternativas para resolver pendência de anos. Na manhã deste sábado (16), o prefeito de Caçador, Imar Rocha, sugeriu que se faça uma pesquisa com os interessados para legalizar áreas.
Apoiado pelo chefe do Executivo Municipal de Calmon, Alcides Boff, o prefeito de Caçador disponibilizou servidores para levantamento de dados. “Vamos designar alguns servidores – agentes de saúde, assistentes sociais, integrantes da Secretaria de Agricultura – para que ouçam as famílias. Queremos resolver o que for melhor para a comunidade, por isso queremos ouvir a população”, destaca.
Ainda, conforme o prefeito de Caçador, o próximo passo será a regularização das áreas. “Resolvida esta questão, serão tomadas as providências legais no sentido de retificar e ver a possibilidade referente às divisas e resolver esse problema que angustia a população há muitos anos”, destaca.
Além dos chefes do Executivo de Caçador e Calmon; Roselaine Périco, da Procuradoria Geral de Caçador; Terezinha da Silva, assessora da secretaria da Agricultura, e Sirley Ceccatto, representante do Legislativo de Caçador também estiveram presentes.
RELEMBRE O CASO
A polêmica referente à divisão dos assentamentos é uma história antiga na região. Desde que foi implantado o Assentamento Putinga o debate é permanente, e se deve pela divergência entre Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – que efetuou a divisa dos Municípios com a estabelecida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Já que inicialmente, todos os assentamentos pertenciam ao Município de Matos Costa que hoje é município de Calmon.
CAÇADOR: Grupo 4 defende permanência
Antes de sugerir o estudo de opinião, Imar Rocha, propôs uma votação democrática no momento da reunião. Mas não foi possível avaliar a questão já que muitos pareciam indecisos. O prefeito de Caçador destaca, que a maioria dos moradores defende que o assentamento passe a pertencer ao município de Calmon - com exceção do Grupo 4, situado mais próximo de Taquara Verde – que prefere permanecer em Caçador.
Alguns moradores do Grupo 4 manifestaram-se favorável a permanência da divisa como Caçador. A decisão baseia-se na facilidade de acesso sentido Caçador. Para chegar às terras caçadorenses basta enfrentar 17 quilômetros de chão até o asfalto, onde existe o transporte coletivo. A situação é inversa ao município de Calmon, onde é necessário enfrentar mais de 30 quilômetros, dificultando os serviços de educação e saúde.
Já no Assentamento Putinga e no Grupo 2, é desfavorável a permanência em Calmon. Por isso, a discussão relacionada à comunidade será levada mais a fundo, pois existe necessidade de observar individualmente antes de se avaliar o conjunto.
ESTUDO: Possibilidade de convênio
Terezinha da Silva, assessora da secretária de Agricultura, foi designada pelo chefe do Executivo Municipal de Caçador, para efetuar o levantamento de dados entre as famílias dos assentamentos. O objetivo é chegar um acordo entre os dois municípios e até mesmo firmando um convênio.
“Esta é uma luta de vários anos, e agora junto ao prefeito de Caçador, Imar Rocha, assumimos o compromisso de fazer um cadastramento e ouvir as pessoas para ver quem é favorável ou não”, fala.
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