POR MELHORES SALÁRIOS

Polícia Civil paralisada a partir desta quarta-feira

A greve acontecerá em todo o estado até sexta-feira, 17. A classe aguarda proposta do governo estado que até o momento ainda não sinalizou em atender as reivindicações

14/11/2011 às 19:21

A Polícia Civil de todo o estado de Santa Catarina estará paralisada a partir desta quarta-feira, dia 16. A medida visa sensibilizar o governo quanto às reivindicações que a classe busca desde junho deste ano.
De acordo com o Delegado Luciano Locatelli, em Caçador a adesão ao movimento chega aos 100%. “São cerca de 13 anos sem reajuste salarial, a classe num todo busca a regularização dos vencimentos, por isso decidimos aderir á greve”, ressalta Locatelli salientando que o movimento não busca apenas melhorias salariais, mas também reivindica melhores condições de trabalho, isto é, aumento no efetivo e manutenção e reposição de equipamentos, como arma, coletes a prova de bala e viaturas entre outros.
Ainda de acordo com o Delegado, é preciso que a comunidade entenda os objetivos do movimento e esteja ciente de quais serviços serão prestados durante a paralisação. “Em princípio não atenderemos por três dias, ou seja, de quarta-feira, dia 15 até sexta-feira, dia 17. Os policiais estarão trabalhando em expediente interno, porém se revezarão no pátio da delegacia para orientar as pessoas sobre quais atendimentos serão prestados. Serão mantidos apenas os serviços essenciais como a lavratura de autos de prisão em flagrante, cumprimento de ordens judiciais, medidas protetivas de urgência e o registro de boletins de ocorrência de crimes graves como homicídio, latrocínio, roubo, extorsão mediante sequestro, estupro e pedofilia”, revela Locatelli acrescentando que também não serão realizados serviços de atendimento ao público nas CIRETRANS, como vistorias em veículos, exames em processos de habilitação, emissão de documentos veículos e habilitação.
Uma nova assembleia geral está prevista para a próxima semana, onde será decidido se a greve será mantida ou interrompida.
Também não esta descartado o “boicote” da Operação Verão, caso o Governador não atenda aos pleitos da Polícia Civil. É manifesto o desejo da categoria em não participar da Operação Veraneio no Litoral do nosso Estado e nas demais cidades com Estâncias Termais. Como se sabe, o verão atrai turistas do mundo interior para nosso Estado e a população na faixa litorânea, bem como a criminalidade, aumentam consideravelmente. Todos os anos centenas de policiais civis são deslocados do interior para trabalhar no litoral na chamada “operação veraneio”. Caso o impasse salarial não seja resolvido até dezembro, a segurança dos veranistas também ficará prejudicada.
“Tudo dependerá da boa vontade do governo do estado em negociar. Esperamos que uma proposta aceitável seja oferecida, pois estamos apenas buscando nosso direitos, para assim prestarmos um trabalho cada vez mais eficiente á população catarinense”, finalizou o delegado.