Caçador- Santa Catarina - Portal CDR - contato@portalcdr.com.br

Encontre no site:
Maria Márcia Soares

Como trabalhar com as emoções

03/02/2014

Imprimir

A raiva é uma emoção nossa, do ser humano. Faz parte da nossa memória ancestral, do nosso DNA, dessa consciência armazenadora e da nossa consciência comum. Alguma situação, alguma pessoa aperta nosso botão da raiva, e ela emerge. Reconhecemos como uma emoção nossa e reconhecemos que a outra pessoa ou situação foi apenas uma circunstância de apertar o nosso botão da raiva.

O que fazer com a raiva? Primeiro, reconhecê-la e depois dar colo a ela. Afinal, a raiva é nossa. Faz parte da natureza humana.

Observamos, então, o que acontece com o nosso corpo, como está a nossa respiração, a nossa musculatura, os nossos batimentos cardíacos. Experimente fazer isso quando sentir raiva, indignação. Há uma razão para esse sentimento existir, mas há também uma maneira de se lidar com ele.

Devemos também observar, sentir e ver quem está na posição de controle: a raiva ou nós? É preciso assumir novamente o controle. Durante a observação, tudo continua acontecendo. Não deixamos de sentir o que sentimos, mas ao mesmo tempo observamos o que estamos sentindo e conseguimos nos ver em duas posições simultâneas para escolher qual estimular.

Podemos deixar de ser a pessoa que apenas reage ao mundo, para nos tornar alguém que age no mundo. E isso só acontece quando percebemos o que estamos sentindo, sem julgar, sem mascarar.

No momento em que percebemos: “isso é raiva”, a mudança pode ocorrer. A pessoa que pratica pode escolher entre, por exemplo, bater a porta e sair berrando, ou refletir: “estou com raiva, minha respiração está alterada, meus batimentos cardíacos estão alterados, minha musculatura está tensa, respiro conscientemente e pouco a pouco passa”.

Tudo o que começa termina. Todos sabem disso, tudo tem começo, meio e fim. Esse momento de raiva se vai, e, agora, o que fazemos?

Aquela ideia de socar o travesseiro porque estamos com raiva, não parece ser o caminho. Não é necessário colocar a raiva para fora. É preciso sentí-la, reconhecê-la e acalmá-la com ternura. Sua própria ternura por sua própria vida e inquietação.

Não podemos escolher o que sentir, mas podemos escolher o que fazer com o sentimento. No momento em que estamos presentes na emoção, já estamos alterando a maneira de agir.

 

Veja as postagens anteriores

Divulgue esta coluna

Coluna retirada do Portal CDR - WWW.PORTALCDR.COM.BR

WWW.PORTALCDR.COM.BR | CONTATO@PORTALCDR.COM.BR