JUSTIÇA

Casal que matou o filho recém-nascido é condenado a 12 anos de prisão

O júri popular que condenou o Alenor Alves das Neves e Susinéia Ribeiro de Castilho foi realizado nesta sexta-feira e durou cerca de seis horas e meia

25/05/2013 às 10:30

Acusados de um crime a mais de 15 anos, em uma sessão que durou aproximadamente seis horas e meia, o casal Alenor Alves das Neves e Susinéia Ribeiro de Castilho, acabou condenado por júri popular no Fórum da Comarca de Caçador nesta sexta-feira, 24 de maio, a 12 anos de prisão. Os dois eram os únicos suspeitos de terem matado o filho recém-nascido no dia 25 de fevereiro de 1998 em uma propriedade rural na comunidade do Cerro Branco, interior de Caçador.
Susinéia esteve presente durante o júri, mas não sentou no banco dos réus, pois lhe foi permitida a prerrogativa de assistir a audiência nas poltronas da plateia. Já Alenor não esteve presente no tribunal do júri, ele está foragido desde 2004 e foi defendido mesmo sem sua presença.
Para os jurados prevaleceu a tese apresentada pelo Ministério Público, a qual apontava que no dia 25 de fevereiro de 1998, Susinéia entrou em trabalho de parto no banheiro da casa e, auxiliada pelo marido, cortou o cordão umbilical. A criança teria nascido com vida, mas foi asfixiada provavelmente por Alenor, que posteriormente teria jogado o corpo da criança em um açude próximo da residência onde moravam.
No dia seguinte ao parto, Susinéia precisou ser encaminhada ao Hospital Maicé devido a uma hemorragia grave provocada pelos maus cuidados durante o referido parto. Depois de avisada, a polícia passou a investigar o caso e, juntando todos os elementos, relatou em inquérito que o casal teria matado a criança, que foi encontrada no interior do açude pela própria polícia.
Na decisão dos jurados que proferida pelo juiz Yannick Caubet, o casal deverá cumprir 12 anos de reclusão em regime inicialmente fechado, porém o magistrado permitiu que os advogados dos réus recorram da decisão com os acusados em liberdade.