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Muitas vezes, quando uma criança começa o processo de leitura e escrita pode haver algumas falhas na associação de letras e sons, na compreensão das palavras e de textos. Mesmo sendo inteligente e sem apresentar deficiências neurológicas, poderá criar um obstáculo associado a uma deficiência de aprendizado que afeta o desenvolvimento adequado: a dificuldade específica de leitura. Isso é conhecido como uma doença chamada dislexia.
A dislexia costuma ser identificada na sala de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado. Uma das maiores dificuldades de uma criança que apresenta dificuldade específica em leitura é fazer a associação entre a letra e o som. Medidas preventivas e práticas pedagógicas remediativas precoces podem ser aplicadas para evitar dificuldades específicas de linguagem e para tratar de problemas perceptivos já no início da vida escolar.
É com esta preocupação que a Secretaria Municipal de Educação de Rio das Antas está capacitando seu corpo docente. Duas turmas de professores forma formadas para orientar as profissionais sobre o tema. O curso “Panlexia - Reeducação das Dificuldades Específicas de Leitura e Escrita” pretende informar o corpo docente com o objetivo de evitar ameaçar a auto-imagem do aluno e de desenvolver problemas emocionais e sociais desnecessários que poderão marcar negativamente a vida escolar.
O curso está sendo realizado pela psicopedagoga da Secretaria de Educação, Claudete Barcaro Lazaris, juntamente com a psicopedagoga Marlene Gonzatto, especialmente convidada para expor seus conhecimentos sobre a área. Claudete salienta que a ideia é fornecer informações suficientes aos professores com o intuito de que identifiquem se algum aluno possui dificuldades e possam ajudar desde cedo. “Quando mais cedo identificada a dislexia, melhores resultados serão apresentados”, comenta.
Para ela, quando um aluno não corresponde adequadamente à construção de um determinado conhecimento, acabando sentindo-se frustrada e podendo desenvolver problemas emocionais. “Além disso, pode influenciar em seu comportamento e relacionamento com as pessoas. Sabe-se que são alunos inteligentes, espertos, mas apresentam uma dificuldade específica em: leitura, escrita e soletração; na organização de seus pensamentos ou de transcrevê-los no papel”, explica.
Claudete salienta ainda que os participantes desta capacitação poderão identificar estudantes com déficit perceptivo, transposições de letras e sílabas, inversões, substituições, inclusões, omissões, confusões entre vogais e entre sons. “A intenção é fornecer auxílio para aqueles que estão diariamente com o aluno. Com estas informações, será possível contribuir para a melhora do rendimento dos alunos e ajudar aqueles que sofrem de dislexia”, conclui.
Para a secretária Iliete Tessari, a pasta está permanentemente preocupada com a melhora na qualidade de educação. “Além de nos preocuparmos com as condições físicas, estamos interessados em que nossos alunos possam aprender da melhor forma possível. Com professores atualizados e capacitados, problemas com alunos, neste caso de disléxicos, podem ser percebidos e trabalhados de forma diferenciada. É nosso dever fazer com que os professores estejam sempre prontos a identificar possíveis problemas com as crianças”, comenta.
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